
Depois da refrescante e agradável surpresa que foi Gwoemul, no Fantasporto, quis descobrir um pouco mais sobre o seu realizador. Bong Joon-ho começou a sua carreira nas longas metragens há apenas 7 anos, com Flandersui gae, mas foi com este Salinui chueok que alcançou o reconhecimento. O filme valeu-lhe rasgados elogios e uma internacionalização que veio beneficiar, não só quem produz cinema na Coreia mas quem, como eu, quer ter a oportunidade de o descobrir. Salinui chueok conta a história verídica de um dos mais famosos serial-killers na Coreia do Sul de 1986, marcada por uma ditadura militar. O típico thriller de serial killers, tratado de forma atípica. Está lá o suspense, o mistério, a densidade e multiplicidade nas emoções. Todos os bons ingredientes para um filme acima da média. De forma natural, vamos seguindo a busca ao homem, comandada por 3 detectives de moral ambígua. Os seus métodos são pouco comuns e acabam por dar um toque de descontracção e comédia a todo o possante enredo. De uma realidade angustiante, o filme retrata uma investigação que acaba por moldar as pessoas que se envolvem nela, que as transforma e as esgota ao limite da loucura. Da mesma forma que requer do espectador um especial desafio para conseguir aceitar determinadas verdades cruas. E é essa a maior qualidade desta obra, ao mesmo tempo que entretém consegue despertar em nós um interesse desesperante pela revelação final, que pode nunca chegar. Porque na vida nem tudo tem respostas.
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O quanto eu anseio por ver isto. Segundo o que li depois da exibição no Fantas, os seus direitos de distribuição foram adquiridos.
Espero que tenha estreia comercial este ano!
:)